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Países onde, em 2007, a apostasia era punida com a pena de mortede acordo com legislações nacionais (preto) ou regionais (cinza escuro). Atualmente, isto acontece apenas em países islâmicos.
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De acordo com interpretações populares do islamismo, os
muçulmanos não são livres para mudar de religião ou tornarem-se ateus: negar o
islã e, assim, tornar-se um apóstata é tradicionalmente punido com a morte para
os homens e com a prisão perpétua para as mulheres. A pena de morte por
apostasia é observada em vários países islâmicos, como Irã, Egito, Paquistão, Somália,
Emirados Árabes Unidos, Qatar, Catar, Iêmen e Arábia Saudita. Embora uma
sentença de morte seja rara, é comum que ateus sejam acusados de blasfêmia ou
incitação ao ódio. Os novos regimes da "Primavera Árabe" na Tunísia e
no Egito já prenderam vários ateus.
Um apóstata pode ser considerado um muçulmano cujas crenças
em dúvida quanto ao divino e/ou ao Alcorão. Tanto fundamentalistas quanto
moderados concordam que "blasfêmia não será perdoada", embora
discordem sobre a gravidade da punição apropriada. No noroeste da Síria em
2013, durante a Guerra Civil Síria, jihadistas decapitaram e desfiguraram uma
escultura de Al-Ma'arri (973-1058 dC), um dos vários intelectuais ateus árabe
epersa que viveu e ensinou durante a idade de ouro islâmica.
No Irã, os ateus não têm qualquer estatuto jurídico reconhecido e devem declarar que são muçulmanos, cristãos, judeus ou zoroastristas, para reivindicar alguns direitos legais, como o acesso à universidade ou se tornar um advogado. a Associação Ateísta Iraniana foi criada em 2013 para formar uma plataforma para que ateus iranianos possam iniciar debates e questionar a atitude do regime islâmico atual em relação a ateus, apostasia e direitos humanos. Da mesma forma, a Jordânia requer que seus cidadõas ateus associem-se com uma religião reconhecida para a identificação oficial, enquanto que os ateus na Indonésia são vítimas de discriminação oficial no contexto de registro de nascimentos e casamentos, além da emissão de carteiras de identidade. Em 2012, o ateu indonésio Alexander Aan foi espancado por uma multidão, perdeu o emprego como funcionário público e foi condenado a dois anos e meio de prisão por expressar suas opiniões online.
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