quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Rajm: Apedrejamento até a morte



VÍDEO: Apedrejamento de uma mulher no Afeganistão

O apedrejamento (em árabe “رجم بالحجارة transl, “rajm bialhijara”) conhecido popularmente pelo primeiro nome ‘Rajm’ está previsto na lei islâmica, a sharia, para punir tanto mulheres quanto homens em caso de adultério, fornicação e estupro sendo que a vítima condenada, pode também receber outros tipos de punição, fora o apedrejamento.
Dificuldades legais
As mulheres são mais propensas a ser acusadas de adultério porque elas não podem requerer o divórcio, ao contrário de seus maridos, que podem o fazer quando estiverem insatisfeitos. Além do homem ter o direito de se casar com cinco mulheres, ele também pode manter relações sexuais com uma mulher solteira por meio do “casamento temporário”.
Não é incomum mulheres serem culpabilizadas apenas para receberem a pena. Não existe idade para tal pena, sendo comum casos de meninas apedrejadas até a morte.
Muitos países muçulmanos abandonaram esta forma bárbara de punição devido à influência secular democrático-ocidental ao longo de quase todo o século vinte, porém, desde a revolução islâmica no Irã em 1979, essa prática barbara está voltando, e cada vez com mais força. Nos países governados pela lei islâmica, Sharia como Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Maldivas, Líbia e Iêmen, o apedrejamento é uma das formas legalizadas de punição. Em áreas dominadas pelo Estado Islâmico, o apedrejamento tem sido uma das formas de execução mais utilizadas. A província de Aceh, na Indonésia, legalizou o apedrejamento de adúlteros em 2009, bem como doze estados no norte da Nigéria.
Sob a lei Sharia, o apedrejamento nesses países e regiões, é uma das muitas formas de punições legalizadas, os infratores são mortos como determina a Sharia, mas imprensa internacional, a casos como esses, dão pouca atenção. O apedrejamento à morte de adúlteros e/ou fornicadores são também relatados em países como o Sudão, Turquia, Nigéria e Paquistão, perpetrados extrajudicialmente através de fatwas pelos imãs locais ou por tribunais islâmicos das aldeias.

E qual é a visão dos muçulmanos sobre a pena de morte por apedrejamento?


Segundo uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2010, eram favoráveis ao apedrejamento a seguinte percentagem de muçulmanos: Egito (82%), Paquistão (82%), Jordânia (70%), Nigéria (56%), Indonésia (42%), Líbano (23%) e Turquia (16%).

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